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A questão das democracias constitucionais que sofrem ataques e crises em vários países do mundo e também no estado democrático brasileiro, levou o MEB a refletir sobre o papel fundamental da educação no estabelecimento e fortalecimento de uma sociedade democrática.
Desta reflexão surgiu a proposta do tema da segunda edição da Revista MEB de Educação popular para a qual propomos o título “Educar para a Democracia”. E, como já refletia John Dewey, não se trata apenas da democracia concebida como forma de governo, mas da participação ativa dos cidadãos na vida pública e social, tendo em vista o aperfeiçoamento da convivência harmônica entre as pessoas e entre os grupos sociais e a criação de condições de bem-estar social.
Sendo as sociedades em contínuo movimento, refletimos sobre os constantes processos de democratização e as insuficiências das formas democráticas de governo, as iniciativas e os ataques ideológicos antidemocráticos das corporações, bem como sobre a necessidade, sempre imperiosa, de ampliar a inclusão das camadas sociais menos favorecidas ou excluídas e impedir as formas autocráticas de democracia disfarçada.
Nesse sentido, o apelo insistente de Papa Francisco, especialmente através da encíclica “Fratelli Tutti” e do lançamento da Reconstrução do Pacto Educativo Global, nos fez voltar a refletir sobre o slogan da revolução francesa “Liberdade-Igualdade-Fraternidade”, repetido pelos ativistas dos governos de democracia liberal ou constitucional, e como tenha sido esquecida a dimensão da fraternidade como elemento indispensável da cultura de uma sociedade realmente democrática.