Alfabetização Digital

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É possível alfabetizar virtualmente? Veja este outro título, penso que sendo uma pergunta, instigue o interesse dos leitores.

Alfabetização Digital do Distrito Federal

Desde que a pandemia causada pelo COVID 19 chegou ao Brasil, a maior parte da população foi mudando hábitos, a maneira de ver e de fazer as atividades do dia-a-dia. Observando ao redor, após vários meses, pode-se perceber que além do uso de máscaras e de álcool em gel ou lavar as mãos com frequência, a comunicação avançou-se consideravelmente no uso da tecnologia, especialmente no uso do WhatsApp.

Como chegar junto aos educandos que estão em processo de alfabetização, em tempos de pandemia e de isolamento social? A pergunta insistente fez a coordenação do MEB, juntamente com 10 educadoras do Distrito federal sair da “zona de conforto”, colocar-se na dinâmica da “busca ativa” e contatar educando que, com muita vontade e determinação estavam dispostos a apreender letras, sons, palavras, enfim, com a apropriação dos códigos linguísticos do letramento, ler frases, mas acima de tudo escrever a vida com suas próprias mãos, com autonomia e cidadania.

Sempre significativo lembrar que …

  • “A Educação Popular abre portas para uma vida nova e renovadora. Para um novo futuro.” Samara Santos
  • “O uso da realidade virtual nas aulas permite a interação, possibilidades de aprendizagem diferenciadas, adaptação e a aproximação no cotidiano das famílias, do educando e do educador. Pensando sempre em oferecer a melhor experiênciade ensino para cada educando, embora as aulas remotas não sejam nada fáceis, ainda existe muita confusão sobre cada tema, cada educadora explorar, o nível de conhecimento de cada educando.
  • Com muitos desafios, conseguir a participação dos alunos é relacionar o conteúdo ministrado com assunto do cotidiano. Essa aproximação com a realidade de cada aluno. É valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital no mundo letrado de cada educando, para entender e explicar a realidade e continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa e democrática e inclusiva. É importante, no entanto, que o professor dê espaço para que o aluno possa também contar suas experiências e suas opiniões sobre o tema e as oportunidades. Assim, com a tecnologia, as aulas virtuais tem o potencial de aumentar a colaboração entre professores e alunos. aumenta a motivação do aluno, melhora a colaboração e construção do conhecimento conjuntamente.” Maria Jose Anunciação da Silva Maciel.

A formação continuada dos professores é semanal. Nesta reunião virtual, além de um momento inicial de mística, preparado por uma das educadoras, acontece a socialização do planejamento e da realização das aulas. A partir de um tema gerador, trabalhado durante três semanas, em geral, são apresentadas atividades desenvolvidas junto aos educandos. O grupo participa sugerindo outras possibilidades, implementando a proposta inicial.

  • “É gratificante poder usar o meio virtual como ferramenta de alfabetização, embora não podemos estar juntos fisicamente, mas a internet está ao nosso favor em prol da educação, nos aproximando mesmo que seja virtualmente.” Liliane Ribeiro.

Em outro momento da reunião, acontece a troca de saberes diante das diversas situações em que se encontram os educandos, desde a descoberta do mundo das letras as dificuldades econômicas.

  • “Educação popular é saber ouvir e aproveitar a vivência para trabalhar.”  Lucimar

No ano do centenário de Paulo Freire, patrono da educação brasileira e fonte do fazer educação popular a experiência destas educadoras com seus educandos, é traduzida nestas palavras:

  • “Educação Popular, uma luz que se ascende na escuridão do analfabetismo.” Rose Mary

 

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