O Movimento de Educação de Base (MEB) enviou à organização da COP 30 a “Carta aos Participantes da COP 30”, um apelo urgente que ecoa as dificuldades e as esperanças de comunidades brasileiras afetadas pela crise climática.
A COP 30 é a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, um encontro global anual crucial onde líderes mundiais, cientistas e a sociedade civil se reúnem para discutir e negociar as ações de combate ao aquecimento global.
Sua importância reside no fato de ser a principal plataforma internacional para o estabelecimento de metas e compromissos para a redução das emissões de gases do efeito estufa e o financiamento climático, sendo a edição a ser realizada em Belém do Pará, em 2025, um marco por ser a primeira sediada na Amazônia, colocando a região e o Sul Global no centro das atenções.
Inspirada na Laudato Si do Papa Francisco, a carta reforça que a verdadeira ecologia deve ser integral e social, unindo a justiça do clima à justiça social. De Sobradinho (DF) ao Quilombo de Coqueiros (RN), as comunidades enfrentam queimadas, falta d’água, poluição e desmatamento, ao mesmo tempo que se organizam em mutirões, hortas comunitárias e defesa da agroecologia.
O MEB cobra da COP 30 compromissos firmes, como a garantia do acesso à água e saneamento, a defesa da agroecologia e dos saberes tradicionais, e o reconhecimento do “três T” do Papa: Teto, Terra e Trabalho. Acima de tudo, pedem que a conferência escute as populações mais atingidas e apoie a educação ambiental e a participação popular nas decisões sobre o clima. A transformação, segundo o MEB, nasce da organização popular e da crença de que cuidar da Terra é cuidar das pessoas.
Leia a íntegra da Carta do Movimento de Educação de Base (MEB) aos Participantes da COP 30
